domingo, 27 de abril de 2008

Once upon a time

Uma noite dessas saiu por aí...
Saiu, saiu, saiu andando, sem beira, sem eira... sem berro, aliás, sequer poderia falar...

Afinal, Iggy Pop escreveu há tempos "I couldn't hear you, I was too busy shouting". So shout for a fight... não, não era assim, definitivamente não era assim que era para ser....

Mas foi, não foi? Então se foi... se foi para longe, sem vontade de voltar. Chegar lá nunca foi o problema, ir nunca é o problema, o problema é sempre voltar...

Voltar significa viver, viver significa fazer, fazer significa errar e errar significa viver... droga, e aqui vamos nós com mais uma dessas teorias que deveriam servir para alguma coisa, mas no final das contas nem servem para nada... se servissem... bem, se 'servissem bem para servirmos sempre', se servissem quente, se ao menos servissem-nos... ao menos, já seria um belo começo. Ah, o belo... estética, estética. Deixemos isso aos gregos...

E por falar em começo... começos de fins são sempre os melhores... quem precisa identificar o que é um e o que é outro? Ah aquele festival, lembra-se? Não, ninguém consegue mais lembrar é de nada mesmo.

Recordar é viver, não é não Jorge Furtado? Pior que não, era tudo tão verdadeiro que nem flores havia no nome daquela ilha... pois é minha gente, nem flores havia no maldito nome daquela ilha... onde vamos parar? Acho que o ponto é não parar, or not - Shakespeare, o bom e velho né? Velho, velho demais... tão velho que nem em inglês ele escreveu, afinal, nem o idioma do tio sam havia naquela velhice de tempos...

Esforço para ler Shakespeare. Esforço para ler sempre, quem não se esforça? Esforçar é voltar? Votar para que diabos de lugar?

Ninguém sabe. Se não há partida, não há volta. Ninguém volta de onde nunca saiu, ninguém sai de onde nunca entrou. Quantas duplas negativas... que bom que o português, novo e velho, sim, o velho português que nunca deveria ter pisado no tupi-guarani deixa que os felizes mortais que sequer sabem comer aipim sem sal, se prostituam com um monte de negativas!

Nego, nego, nego, nego sempre... não dizem "escreveu não leu..."? Não, não dizem... acho que nunca dizem nada, waves, waves e mais waves... haja físicos para compreendê-las!

Ok, se nada com nada é mais nada ainda... e quem nada é peixe... humanos apenas devem repetir "de nada, disponha".

*** não deixem de ler o querido primeiro post, afinal, não fará senso algum se a idéia é já não entender o que estou escrevendo.

3 comentários:

agente laranja disse...

Empecílios endêmicos ao Eterno Retorno.

GrogVille- O Mundo Grog de Ogro Lunar disse...

1º Post?
Mas este é o 1º Post!!!
Oras, bolas e aipim sem sal!
Bom texto, surpreendente, não. Quem te conhece não fica surpreendido com sua catarses.
Valeu!
Grog Ville

Bueno, Fernando disse...

http://www.febredacabana.blogspot.com/
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