sábado, 6 de novembro de 2004

Beijando o Luar (Pré-pós)


Quero morrer em uma casa pequena com vista para o mar

Quero morrer de uma bebedeira da qual ninguém possa me lembrar

Quero morrer numa casa pequena, onde ninguém possa me observar.

Quero ver o luar
Onde nem as estrelas poderão me notar
Morrendo duma bebedeira
Olhando o mar.

Quando morrer ninguém terá pena
Da menina que nuca deixou-se ajudar

Quando morrer nem as estrelas poderão me notar
Observando as ondas do mar.

A vida que ficou para trás
O sorriso que ele me deu
A flor que nunca recebeu
A flor que devolveu...
Ninguém nunca saberá
Pois as ondas estão prontas para levar...

Enquanto os outros dançam, estarei lá
Conversando com o luar
O Único que sabe me acalmar
Com sua luz intensa, abraçando o mar.

Ficarei lá

Até que a lua me perguntará: porque você não vem me beijar?
Deixarei então a casa pequena, a vista e o mar
Deixarei-os para nunca mais voltar

Porque, finalmente, estarei beijando o luar

2004-2008 (e não é póstumo!)